(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

9.10.14

Resumos

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Continuam a chegar todos os dias. Leitores já informados ou simplesmente pessoas que tropeçam nalguma crónica que, pairando no limbo virtual, lhes desperta a atenção.
Ocorreu-me há pouco que, ao contrário dos fiéis amigos que há tanto tempo me acompanham e conhecem bem a mulher por trás da escritora, quem se inicia na leitura dos meus dias feitos escrita, deve ficar um pouco perdido.

Tratarei de situar, então, os recém chegados, buscando a máxima eficiência num breve resumo.

Cenários:
- A Quinta do Monte, onde vivo. Lugar de bucólicas aventuras, de animais insubordinados, de pessoas felizes e muita largueza. Situada no sotavento algarvio, também por cá se fazem, de quando em vez, casamentos.
- O Bar Piratas em Altura. Vinte e dois anos de estórias. Inspirador sobretudo nas caipirinhas, na mesa de matraquilhos e nos clientes, capazes de me levar à criação de personagens fantásticas. (Qualquer semelhança com o conto "O Galeão" de "Histórias do (A)Mar", não é mera coincidência.)
- O meu carro. Embora modesto e pouco dado a velocidades, é aos seus comandos que muitas histórias se escrevem.
- O Mar. Eterno. De preferência com ondas!
- E todos os locais por onde vou viajando, sentindo e completando o crescimento desta nómada e irrequieta alma.

Personagens:
- O capitão. De seu nome Ricardo. Meu marido. Atura-me há vinte e quatro anos e nunca precisou de acompanhamento psiquiátrico (um dos poucos mistérios que jamais entenderei). Pseudo-anti-exposição-da-vida-privada-nas-redes-sociais, escolhe não aparecer. Respeito-o na sua escolha... Mas nem sempre.
- Tomás. O filho mais velho. Um metro e noventa aos treze anos de vida. A meiguice, o apurado sentido de humor e a admiração pela imprevisibilidade da mãe, fazem dele a companhia perfeita para quase tudo.
- João. O herdeiro mais novo, intrépido aventureiro com que a vida me brindou para eu ser ainda mais feliz e escrever crónicas de chorar a rir. Pescador convicto e dono de uma inventividade de muitas maneiras expressada, ensina-nos imensas coisas a um alucinante ritmo.
- A soberba mãe Laura, que continuo a desconfiar ser uma princesa que se perdeu do palácio; o pai João, influência suprema nas artes e na honra, que me acompanha cada passo desde o lado de lá das estrelas; a sogra, "menina Glorinha", a energética e super cool matriarca da Quinta...
- Eric Lobo, o fotógrafo-escritor-aventureiro-globetrotter, biografado no último livro: "Olho Ubíquo". Mentor e instigador de todos os meus crescimentos. Artístico companheiro de cumplicidades e pactos: salvaremos juntos os sonhos perdidos de quem nos lê.
- E mais os amigos de sempre, as amigas eternas, os encantadores facebookianos que me entram no coração... E os gatos, o porco Luisinho e tantos outros.

Quanto a mim... bem, ou digo apenas que o meu "brinquedo" preferido é o meu cérebro... ou este texto descambaria num novo livro.

Ana Amorim Dias (16/8/2014)

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