(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

9.10.14

Faz-me aí uma destas!

Faz-me aí uma destas

Dizem que uma mota nunca de empresta. Dizem que fazê-lo é como emprestar a mulher que se ama. Não se faz. Nunca.

Tenho ouvido várias discussões sobre "a mota". A mota das nossas vidas, entenda-se. Aquela que é o sonho, por vezes tornado real; o ideal de prazer supremo. Aquela que nunca mais queremos largar e que, caso tenhamos que o fazer, fica na nossa memória para sempre como "the one and only" capaz de nos levar aos céus.
Há os motards do "qualquer uma serve", que se assemelham a quem se deita com qualquer mulher que os queira, pelo simples prazer de uma noite de sexo. E há os outros, que vão guiando as que podem, sempre à espera daquele amor perfeito e eterno. Não sei qual das utopias é a maior. A mota de sonho ou a mulher de sonho? O amor de uma vida ou a mota de uma vida? Será que existe mesmo, tal quimera? Como posso eu saber? Sou apenas uma mulher. Ainda sem carta nem mota. Mas quando vi esta criação do Erik Vauth, fiquei a pensar no assunto. Se eu fosse um homem ia querer uma mulher assim, como esta mota, única, requintada, destilante de personalidade e carisma. Talvez, se um dia eu escrever um best seller tão perfeito como ela, possa ir a Miami dizer ao Erik: "olha pá, faz-me aí uma destas, mas em negro."

Ana Amorim Dias

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