Maria Madalena
Às vezes desconfio que os destinos mais surpreendentes se escondem no fim de caminhos que se tomam por não querermos ficar parar parados. Aconteceu-me hoje outra vez.
Esta manhã não tive entrevistas porque os familiares da pessoa sobre quem estou a escrever foram fazer as compras para o almoço. O visado, por sua vez, tinha uma manhã de trabalho inadiável que o impediu de prosseguir com as narrativas que me estão a servir de base à sua biografia. Por isso fiquei com a manhã livre, no meio do campo, na Provença, sem qualquer meio de transporte à minha disposição.
Ia ficar parada? Não me parece. Comecei a caminhar pelo campo e, algum tempo depois, cheguei a uma vila chamada Saint-Maximin-la-Sainte-Baume. Linda. A sorte foi tanta que me vi no meio de um típico mercado de rua que só acontece às quartas feiras. Mas a delicia maior foi encontrar uma Basílica, a de Santa Maria Madalena, na qual se encontra nada mais nada menos que a sua cripta.
Mais palavras?
Para quê?
Ana Amorim Dias
(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...
Ana Amorim Dias
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...
Ana Amorim Dias
3.4.13
Nas nuvens
Cá em cima
Gosto de escrever aqui em cima. Apesar de o café nunca ser sequer razoável, há algo de superior na criação feita acima das nuvens. Duvido que tenha a ver com a altitude. Nem me parece também que se prenda com a relativização dos problemas que a vista de cá de cima nos potencia. Sei muito bem que o que mais me entusiasma quando escrevo nos aviões, é a antecipação do que vou viver a seguir; a vertigem das novas experiências; a proximidade de fantásticas descobertas. Sempre que parto para um novo (ou repetido) destino, e seja qual for o motivo, não tenho quaisquer dúvidas que à volta vou estar incomensuravelmente mais rica.
Ana Amorim Dias
Gosto de escrever aqui em cima. Apesar de o café nunca ser sequer razoável, há algo de superior na criação feita acima das nuvens. Duvido que tenha a ver com a altitude. Nem me parece também que se prenda com a relativização dos problemas que a vista de cá de cima nos potencia. Sei muito bem que o que mais me entusiasma quando escrevo nos aviões, é a antecipação do que vou viver a seguir; a vertigem das novas experiências; a proximidade de fantásticas descobertas. Sempre que parto para um novo (ou repetido) destino, e seja qual for o motivo, não tenho quaisquer dúvidas que à volta vou estar incomensuravelmente mais rica.
Ana Amorim Dias
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