(...) e a confiança cega
que tenho na minha verdade
não a detém quem me nega
as asas da liberdade ...

Ana Amorim Dias

15.3.12

Olhos de Garfield



    Desde miúda que adoro o Garfield. Continuo  a pegar nos livros em que o cómico gato, com os seus olhos mortiços, vai partilhando a sua visão do mundo. Delicio-me sempre.
   A  vida tem estranhas formas de nos brindar. E às vezes,  enquanto olho para o meu filho mais velho, reparo que tenho em casa, ao vivo e a cores, uma alma gémea do Garfield.  É que o Tomás devora lasanha e adora estar no sofá, com as pálpebras a meia haste, a fazer zapping por desporto. O seu humor lacónico e desinteressado, que leva às gargalhadas mais sentidas,  também reforça a semelhança. Embora esteja em melhor forma que o encantador gato, olho para o meu filho e desconfio que, à força de tanto ler essa banda desenhada, acabei por produzir um sucedâneo perfeito.
  Mas é quando põe os olhos de Garfield que fico mais emocionada. A semelhança é tão grande que chego a pensar  que é o gato da BD que faz lembrar o meu filho e não o contrário…
Ana Dias